terça-feira, 17 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

JURISTAS DE SETÚBAL BICAMPEÕES NACIONAIS 2008/2009
Parabéns Campeões
“O CINISMO TÁCTICO E A EFICÁCIA DO CAMPEÃO”

JURISTAS DO PORTO – 1 JURISTAS DE SETÚBAL 2

Jogo grande no reduto do Desportivo das Aves, espaço escolhido pelos portistas para a realização deste confronto, numa tarde de sol e com um relvado em boas condições para a prática da modalidade.
Os Juristas tripeiros jogavam tudo ou quase tudo, notou-se isso pela mobilização, há muito que não se via tanta estrela junta e de facto os portistas tem um leque de grandes jogadores.
Porém, os setubalenses imparáveis até ao momento e com a moral nos píncaros formam actualmente uma equipa fortíssima e extremamente perigosa.
Foi dito e repetido que talvez tenha sido dos melhores jogos deste campeonato desde sempre, de facto foi um jogo épico e que teve de tudo, como adiante se relatará.
Numa partida em que mais uma vez se notou a ausência do Capitão Calha ainda em recuperação, (notável até ao momento, diga-se), contudo a sua orientação do banco e com uma visão bem diferente da que normalmente tem, ajudou claramente à vitoria, uma vez que a sua sagacidade e astúcia fizeram a diferença em muitos pormenores.
Queixou-se o Porto da falta de sorte, e reconheçamos, 4 bolas nos ferros será de facto sorte, ainda que duas das mesmas tenham saído de lances claramente precedidos de falta e outro tenha beijado já a parte de fora do poste e com Albuquerque nitidamente na sua trajectória e ângulo, resta uma bola ao poste num remate a 25 m da baliza de Pedro Madureira que é, diga-se em abono da verdade, foi um hino ao futebol.
Na nossa perspectiva e embora se reconheça uma certa estrelinha sempre fundamental quando se trata de um jogo, o que se passou de facto tem contornos bem diferentes do que alegam os colegas portistas.
Com a lição de outros anos, onde os lançamentos para as costas da defesa fizeram sempre rombos, uma vez que a rapidez dos avançados portistas contrastou sempre com alguma lentidão da defensiva sadina, desta feita, os juristas setubalenses tacticamente estiveram perfeitos, embora possam ter deixado a sensação de um domínio ao adversário que verdadeiramente nunca existiu.
O que sucedeu na realidade foi a baixa no terreno propositada da linha defensiva, com Rui Belchior a baixar totalmente e encaixando na dupla de centrais Benjamim/Pedro Joaquim, abdicando de iniciativas ofensivas, mas funcionando como tampão às investidas das unidades criativas e construtoras de jogo dos portistas, naturalmente este vazio no meio-campo conduziu a um envenenado convite, pois permitiu que os sadinos, explorassem a sua mais perigosa característica o contra-ataque e assim ganhar o jogo como se veio a verificar.
Se já se falou da alegada falta de sorte dos juristas do Porto, não podemos no entanto deixar de referir as constantes tentativas do diabólico Tito que só não resultaram em golo por mérito do guardião que evitou males maiores, de referir ainda o clamoroso falhanço de Tiago Coelho que com a baliza escancarada mandou ao lado, quando poderia ter matado logo ali, o interesse da partida.

A habitual resenha com a respectiva pontuação;

Albuquerque (9) – Brilhante, foi provavelmente a sua melhor exibição, nunca acusou a responsabilidade e fez tudo bem, a sair dos postes quer a agarrar quer a socar, foi um autêntico lince na agilidade e um Leão na agressividade, uma actuação de facto felina e sem adjectivos que a possam descrever verdadeiramente, mas quem viu que continue a procurar uma palavra ainda que pequena para tão grande e notável comportamento em campo.

Sertório (7) – Com a experiência dos anos e o conhecimento dos adversários, tudo lhe foi mais fácil, lutou bravamente e muito, muitas vezes com falta de serenidade que o fez ceder muitos cantos em especial na segunda metade, saiu esgotado e com a missão cumprida, destaque-se o corte fantástico que efectuou a evitar o empate, tirando num gesto técnico perfeito a bola da cabeça do avançado quando este já se preparava para finalizar

Benjamim (8) – Levou este encontro muito a sério, ele que noutras épocas passou mal, neste terreno, todavia estava decidido a demonstrar que é um grande defesa central e que tem evoluído imenso, nunca se adiantou em excesso e nunca deu espaço, chegou sempre ou quase sempre primeiro, quando não deu contou com a guarda de honra de Rui Belchior e Pedro Joaquim

Pedro Joaquim (8) – Quando logo no inicio deixou passar uma bola fácil por debaixo da sola da bota, não se adivinhava coisas boas, no entanto puro engano, foi sim o pronuncio de uma das melhores prestações que já vimos, muito seguro e prático limpou tudo o que apareceu no seu espaço, muitíssimo bem.

Rui Belchior (8) – Uma das grandes exibições, começou a central, mas ainda na primeira parte saltou para o meio-campo, onde se sente bem, palmilhou muito terreno, recuperou muitas bolas, encaixou-se à frente da defesa e foi fundamental nas imensas dobras que fez, muito forte fisicamente chegou para todas as encomendas


Jaime (7) – Voltou a não sair bem na fotografia, muito lutador, tentou sempre assumir o jogo, mas ficou muitas vezes e não voltou, começou muito mal, mas acabou por sair de um registo francamente negativo, ainda assim, é muito importante para a equipa, que certamente sem ele não seria tão forte, este ano ainda não facturou, espera-se uma segunda volta a um nível mais elevado, ao seu nível.

Tiago (8) – Jogo difícil, marcação cerrada, tentou desequilibrar com tabelas e deambulações na ala, mas foi sempre muito complicado sobretudo porque foi obrigado a descer no seu corredor para ajudar em termos defensivos, guardou o melhor e o pior para o fim, fabulosa assistência para o golo da vitória de Sérgio Miranda e falhanço escandaloso na cara do guardião azul.

Tito (9) – Decisivo, é o melhor jogador deste campeonato está imparável e desta vez fez questão de fazer mais uma demonstração, 11 golos em 5 jogos é obra, sozinho tem mais golos que o resto da equipa, fantástico o seu golo o melhor da tarde.


Sérgio Miranda (7) – Primeira metade muito complicada, sem produção, a bola diga-se também chegou poucas vezes aos seus pés, ou quando chegou, chegou em deficientes condições, saiu e fez-lhe bem, foi dele o golo da vitória, um golo de grande oportunidade e ao seu estilo a deixar a sua marca de grande ponta-de-lança no jogo.

Paulo Assis (7) – Trabalhador como sempre, fez aquilo que tinha que fazer, e foi mais um a jogar no sacrificio do colectivo.

Luís Ribeiro (5) – Muito nervoso e com um início de jogo infeliz, algumas perdas de bola em zonas perigosas, andou sempre perdido e com a falta de apoio no meio do terreno ficou órfão e nunca saiu de um registo cinzento, há dias assim.

Paulo Carvalho (6) – Passou despercebido nesta partida, sem os habituais rasgos, raramente escapou das malhas da defensiva portista, foi também ele vitima da estratégia do colectivo, no entanto tacticamente muito importante, para estancar as iniciativas do lateral adversário.

Beto (5) – Em crescendo de forma, tenta chegar rapidamente o indicie de forma física que lhe permita ser o que já foi, um grandíssimo jogador.

Piedade (3) – Entrou num período muito complicado, e por azar apanhou um adversário directo inspirado que efectuou a conta da sua apatia inúmeros cruzamentos, um deles viria a dar o golo do empate.

Em conclusão, continuam assim, estes bravos juristas a escrever história, com exibições que nem os mais optimistas poderiam prever.
Em boa verdade já ninguém acredita que esta temporada os sadinos não se sagrem bicampeões nacionais, o que constituirá um feito notável carregado de brilhantismo e sobretudo de espírito de sacrifício.
Contudo, nesta fase há que manter a humildade e o espírito de grupo que conduziram a estas vitórias, para assim evitar eventuais surpresas por parte dos valorosos adversários que por certo ainda estão longe de ter deitado a toalha ao chão.
Assim e em jeito de recado, nunca esquecer que o nosso papel é …VENCER SEMPRE..


Rui Belchior
(Jurista de Setúbal)
“Vitória expressiva com marca de Campeão”

Setúbal – 7 Coimbra – 1

Numa tarde de chuva em mais uma etapa do Campeonato Nacional de juristas defrontaram-se as congéneres de Setúbal e Coimbra, com os setubalenses na ressaca de uma grande vitória por quatro golos sem resposta em Lisboa.
Porém, havia que não relaxar sobre as últimas conquistas, saborosas é certo, mas com o perigoso condão de transmitir a ideia que já está tudo feito…longe disso, ainda e como diria o povo, a procissão vai no adro.
O jogo teve o seu início com os estudantes de lição bem estudada, agrupados em duas linhas muito próximas num claro 4-4-2, que se transformava a defender em 4-5-1, tentando depois lançar contra-ataques perigosos na tentativa de surpreender os sadinos.
Nesta partida e depois da grande infelicidade, que foi perder o capitão Filipe Calha na sequência de uma lesão grave no braço esquerdo, houve necessidade de adaptar, e a opção recaiu sobre o pivot defensivo Rui Belchior que iniciou a partida a central.
No entanto, além de perder uma unidade que está em grande forma física no meio-campo, o último reduto ficou menos resguardado, pois já se sabe que Rui Belchior não tem o mesmo sentido prático do capitão e gosta de sair a jogar.
Mas a verdade é que Tito este ano em grande forma é o elemento desiquilibrador na frente de ataque e desta feita voltou a fazer um Hat-trick, o terceiro da temporada é obra.
Destaque-se ainda a ausência do guardião Albuquerque também a contas com uma lesão de média gravidade num dos dedos da mão esquerda, e que assim e desta feita ficou de fora das contas.
Para além do sobredito, e digno de apontamento os dois golos de Sérgio Miranda e os dois de Tiago Coelho, bem como o regresso de Beto à equipa depois de inúmeras contrariedades.


A habitual resenha com a respectiva pontuação;

Paulo (7) – Tinha a difícil tarefa de fazer esquecer Albuquerque, teve pouco trabalho, no que teve mostrou-se seguro e com personalidade no golo que sofreu, quase o evitava com uma boa mancha, mas a felicidade ficou do lado do avançado de Coimbra.

Sertório (7) – A jogar ao seu nível sem grandes flutuações, prático e veloz, seguro a defender, nas iniciativas ofensivas já o vimos mais acutilante.

Rui Belchior (5) – A substituir Filipe Calha no eixo defensivo numa tarefa ingrata para quem gosta se jogar com bola, estava a correr bem até inventar o golo de Coimbra numa perda de bola infantil, o que vale é que o resultado já estava nos 3-0, na segunda parte ainda jogou no meio, mas deu sempre a ideia de não ter superado aquele lance fatídico.
Benjamim (7) – Em grande forma, confiante e sobretudo com grande sentido prático, bastou-lhe aplicar os seus serviços mínimos para resolver os problemas que teve pela frente.

Pedro Joaquim (7) – Está maduro, confiante e personalizado joga de cabeça levantada e não complica, mais uma exibição positiva.

Paulo Assis (8) – Está feito um jogador, grandes iniciativas pelo seu corredor foi sempre um problema para os defesas contrários, muito bem a assistir, e a desequilibrar nas alas.

Tito (9) – É caso para perguntar quem és tu Tito?? Mais uma exibição de luxo deste avançado, o seu futebol tem requintes de super-herói, mais um Hat-Trick, faltam adjectivos para qualificar a forma inacreditável deste pequeno mas grandíssimo e genial jogador

Jaime (6) – A nota castiga e alerta, é evidente que não sabe jogar mal, mas a sua forma actual é mediocre, sem chama, sem alegria, e sem força, está muito longe do já fez e do que pode e deve fazer, continuamos a aguardar que o maestro tome conta da sua orquestra e o campeonato já vai a meio.

Tiago (8) – Mais um que está longe do que já demonstrou em outras temporadas, contudo, a sua inegável craveira técnica valeram-lhe dois golões, um de livre directo e outro num remate cruzado sensacional, e posto isto dizer o quê? Venha daí o “ El Diez” do nosso contentamento.

Sérgio Miranda (8) – Sérgio Miranda o eterno avançado sadino, tem ultimamente e na comunicação social manifestado o seu desagrado, por aquilo que diz ser uma injustiça na atribuição das notas, talvez por isso tenha feito pela vida e cumprido a sua missão que é marcar golos, mais dois, e paulatinamente vai chegando aos seus números.
Em nítida subida de forma, apesar de ainda estar longe da que se espera e da que habituou.

Luís Ribeiro (6) – Em nossa opinião melhor que na época passada, mais leve e mais confiante a segurar e a entregar o esférico, de resto o de costume muita entrega e muita luta, nunca virando a cara a nenhum confronto.

Paulo Carvalho (6) – Facturou em Lisboa, esperava-se assim que eleva-se os seus níveis de confiança e de alegria, anda triste e parece desmotivado, tentou impor o seu futebol e por vezes foi capaz de algumas movimentações e desequilíbrios interessantes.

Dani (5) – Tem jogado pouco tempo nas aparições que tem tido, teve uma grande oportunidade para marcar, mas caprichosamente a bola teimou em sair ao lado, não deu para muito mais
.
Guerra Henriques (5) – Tem feito pela vida, no alto da sua idade, tenta ser útil cumprindo o que lhe mandam, na transformação de um canto permitiu a Tito o seu terceiro golo.

Duarte Costa (5) – Tenta regressar aos poucos, é jogador já se sabe disso, mas também se sabe que para alimentar o seu bom futebol que é indiscutível, é necessário muito melhor condição física, certamente lá chegará.

Pedro Serra (7) – Mais uma participação deste grande e esforçado companheiro, de uma humildade que roça o exagero, cumpriu a sua missão sem sofrer qualquer golo, uma excelente saída e um desvio para a trave num remate, mantiveram-lhe as redes invioláveis…e era isso que se lhe pedia.

Está bem e recomenda-se esta grande equipa, o Porto voltou a perder em Braga este ano e Lisboa empatou com Aveiro a duas bolas na surpresa da ronda.
Na próxima etapa as dificuldades serão certamente elevadas na deslocação a um terreno onde nunca Setúbal conseguiu ganhar o Porto…será desta? É esperar para ver.
Nota ainda para referir o excelente convívio pós-jogo, numa agradável e a repetir noite de fados e onde os nossos companheiros Guerra e Piedade demonstraram dotes vocais extremamente interessantes e aos quais endereço as minhas sentidas e emocionadas felicitações.

Rui Belchior
(Jurista de Setúbal)