sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A astúcia do campeão

Juristas de Braga – 1 Juristas de Setúbal – 3


No dia marcado para a 2ª ronda deste conceituado torneio, cumpria a Setúbal uma difícil e complicada deslocação a Braga.
Depois de uma viagem sempre debaixo de uma chuva forte, factor que só motivava os guerreiros de sempre, o palco para o encontro foi à semelhança do época anterior os relvados secundários da “Master piece” arquitectónica que é o Estádio Axa, que aliás de bem perto “testemunhou” tão competitivo apronto.
Setúbal partiu desta feita com 13 magníficos bravos, diga-se em boa verdade mais do que é até costume, mas sempre com a motivação em alta e com o objectivo extremamente bem delineado, VENCER SEMPRE.

A habitual resenha com a respectiva pontuação;

José Albuquerque (8) – É sem réstia de qualquer dúvida uma das grandes figuras desta grande equipa, ele próprio voltou a ser grande, sempre seguro e concentrado, foi o esteio e o barómetro de confiança que toda equipa necessitava, sem culpas no golo, esteve excelente nos capítulos, segurança e serenidade, com um naipe de intervenções todas elas de nota máxima.

Sertório (7) – Vai aumentando a velocidade do seu desempenho, que é uma das suas mais evidentes características, foi sempre eficaz a defender, e cotou-se com um exibição bastante positiva.

Filipe Calha (7) – O jogo não lhe proporcionou as aventuras ofensivas do costume, no que toca ao aspecto defensivo, foi de uma objectividade exemplar, nunca facilitou, e nunca deixou que os colegas o fizessem.

Benjamim (7) – Bom jogo para este esforçadíssimo defesa, sabia que tinha a fava do jogo, marcar a melhor unidade e mais perigosa dos bracarenses, contudo esteve brilhante na marcação, e nunca admitiu gracinhas no seu reduto.

Sérgio Rodrigues (7) – Teve que dar o corpo ao manifesto com pouco apoio defensivo da parte dos colegas mais adiantados, teve que contar com a sua “cilindrada” para dar solução ao jogo ofensivo do adversário, de resto eficaz e pragmático como é sua característica, nunca relaxa e dá tudo o que tem….e ainda mais alguma coisa.

Rui Belchior (7) – Por vezes parece desaparecer, não tem muita bola, mas é de extrema utilidade um “tampão” um carregador de piano à moda antiga, correu km num campo muito complicado em virtude da quantidade de chuva que caiu, podia ter inaugurado o marcador com um remate em arco ainda fora da grande área, mas o poste da baliza não lhe permitiu fazer a festa do que seria certamente um grande golo.


Luís Ribeiro (6) – Mais um jogador de grande luta, emprega todas as suas forças e virtudes, nem sempre com a eficácia desejada, jogou menos que os colegas de meio-campo, e dai a nota, tem ainda que acautelar no futuros as entradas fora de tempo que já lhe custaram alguns cartões.

Jaime (8) – Jogou mais recuado do que costuma fazer, é um jogador de outro universo, à parte, foi mais uma vez o maestro do costume e assumiu o jogo ofensivo da equipa, no entanto no aspecto defensivo cumpriu e de que maneira a sua missão.

Tito (9) – O pequeno reguila voltou a fazer diabruras, e repetiu a graça da primeira ronda, mais um Hat-Trick, fantástico, num autentico recital na arte de fazer golos, velocíssimo e letal, devastou a defensiva bracarense e só não acumulou maior pecúlio porque resolveu recriar-se com a bola …está de facto no auge da sua forma.

Sérgio Miranda - (4) – O eterno goleador da equipa passou ao lado do jogo em condições físicas lastimáveis, fez apenas o que conseguiu que foi muito pouco, presa demasiado fácil para a defensiva adversária.

Paulo Carvalho – (6) O jogo esforçado e empreendedor do costume, sempre disponível para a luta e sempre atento a uma nesga para poder marcar.

Paulo Assis (8) – Excelente, com duas assistências magníficas para Tito, muito dotado tecnicamente e inteligente tecnicamente, tem conseguido ser uma mais-valia de nítidos resultados para esta equipa

Dani (5) - Jogou menos do que certamente podia, é um jogador muito esforçado, evidenciando o que tem de melhor o voluntarismo.

Guerra Henriques (4) – Muita gente terá ficado surpresa com esta “aparição”, com os seus cinquentas, jogou cerca de uma hora, apesar de fisicamente não lhe ser exigível grandes correrias, revelou sentido de grupo e um grande companheirismo e deste modo promete uma rápida e eficaz integração no grupo de trabalho.

Em jeito de resumo final, dizer que vimos nesta complicada partida de Braga uma equipa e um grupo para defender um título que a cada temporada é mais disputado e difícil de alcançar.
Setúbal goza ao momento de grande confiança e o seu já clássico e inabalável espírito de equipa está cada vez mais preparado para dar resposta a outros putativos candidatos.
Nesta altura e olhando para a sua frente os ilustres sadinos, não vislumbram ninguém à sua frente e nestas coisas já diz o povo “candeia que vai à frente……”.


Rui Belchior

(Jurista de Setúbal)

1 comentário:

Anónimo disse...

É sempre muito bom jogar no AXA, principalmente ver o ar de satisfação do Sertório perante as condições únicas que o balneário dispõem para a prática da modalidade: ESpelho com as dimensões máximas e tomada para o secador.
Quanto ao jogo. Jogámos bem, e o Tito jogou ainda melhor. Fantástico aquele remate do Belchior à trave.
Albuquerque.